
Executando tarefas simples como acender uma lâmpada ou ações complexas como a elaboração de diagnósticos médicos precisos, a inteligência artificial já se instalou de maneira permanente nas sociedades humanas.
Para entender os desafios dessa revolução tecnológica e como utilizar essas ferramentas para aprimorar o serviço público, os servidores do Tribunal de Contas do Acre (TCE-AC) e do Ministério Público de Contas participam, nos dias 27 e 28 de maio, do curso ‘A Nova Fronteira do Controle Externo: dominando o uso da IA Generativa para os Tribunais de Contas’.
O objetivo é capacitar conselheiros, auditores e servidores do TCE-AC no uso de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa (IAG) aplicadas ao controle externo.
Contexto: IAGs são sistemas que aprendem com grandes volumes de dados, absorvendo padrões, estilos e informações. Em seguida, são capazes de gerar textos, imagens e músicas sem necessidade, muitas vezes, de intervenção humana.
O curso é conduzido pelos professores da Universidade de São Paulo (USP), Ana Carla Bliacheriene e Luciano Vieira de Araújo. Ana Carla é especialista em Direito Financeiro e Gestão de Políticas Públicas, com experiência em inovação governamental e IAG.

Já Luciano atua na área de Sistemas de Informação, com foco em IAG e segurança de dados, e coordena o grupo de pesquisa SmartCitiesBr.
“A inteligência artificial generativa foi um salto tecnológico que permitiu a análise de textos, por exemplo. A gente chama disso de linguagem natural como nós falamos ou escrevemos. Então, agora nós temos a capacidade de analisar documentos que fazem parte do dia a dia dos tribunais de contas, tribunais de justiças e outros órgãos públicos também com essa tecnologia”, explica Vieira.
Temas como os fundamentos da IA, aplicações práticas da IAG nos tribunais de contas, desafios éticos e limitações das tecnologias, além de estudos de caso e atividades práticas utilizando ferramentas como ChatGPT e Gemini.
Segundo Luciano, a proposta é que os participantes adquiram habilidades para aplicar a IAG na otimização de processos, análise de dados e suporte à tomada de decisões estratégicas.
“Isso libera os auditores e outros servidores do tribunal para investirem o tempo economizado em atividades que auxiliem na reflexão, por exemplo, sobre políticas públicas, o impacto da ação de diferentes órgãos públicos para a melhoria do atendimento ao próprio cidadão”, conclui.
Texto e imagens: Yuri Marcel



















