Partindo da ideia de que informação é uma das formas mais eficazes de prevenção, o Tribunal de Contas do Acre (TCE-AC), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), proporcionou aos servidores da Corte a chance de fazer testes de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), gratuitamente.
O evento, que ocorreu nessa quinta-feira (22), faz parte do calendário de ações do Maio Vermelho, mês de conscientização e prevenção contra as hepatites virais. Antes, na quarta-feira (21), os servidores já haviam recebido uma palestra ministrada pelo médico Thor Dantas, doutor em medicina tropical, infectologista e hepatologista com anos de atuação no tratamento de hepatites e outras infecções.
As agendas foram organizadas pela Escola de Contas Conselheiro Alcides Dutra de Lima e pela Coordenadoria de Gestão de Pessoas (Cogep).
“Uma ação importantíssima que o Tribunal nos deu oportunidade de fazer. A prevenção é uma coisa muito importante, pois, se há o diagnóstico de alguma coisa podemos tratar. Nós trabalhamos com informação aqui no Tribunal e a informação da nossa saúde é muito importante”, celebrou o auditor de controle externo Arthur Viana.
Durante toda a manhã os servidores fizeram testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C, com a orientação de enfermeiros da Sesacre.
Infecções silenciosas
O Acre é um dos estados com um dos maiores índices de hepatites do Brasil. Segundo dados divulgados pelo Departamento de Vigilância em Saúde, apenas entre 2015 e 2024, foram confirmados 4.836 casos da doença no estado. Já entre 2014 e 2023 foram mais de 350 mortes.
“São doenças muitas vezes silenciosas, daí a importância de realizar os testes rápidos. Porque não apresentam sintomas [no início da infecção], na maioria das vezes e quando vêm apresentar o quadro já está bem agravado”, ressalta a enfermeira Katiane Fernandes.
Ela comenta ainda que apesar da principal forma de contágio ser via sexual, elas podem ser transmitidas de outras formas, se houver contato com fluidos corporais contaminados. Outro ponto que ela enfatiza é que apesar do tabu relacionado às ISTs, qualquer pessoa pode ser portadora e todas possuem tratamento.
“A gente pode pegar [uma IST] até fazendo a unha na manicure se o material não estiver desinfectado. O que a gente explica também é o fato da doença ser silenciosa e pode estar em qualquer lugar, homem casado, mulher casada, solteiros, idosos, jovem, não há faixa etária e é melhor procurar ajuda que ficar no silêncio”, concluiu.
Texto: Yuri Marcel
Fotos: Yuri Marcel e Marcos Jorge Dias
